Boa Tarde! São Paulo, 6 de Maio de 2024
Editorial Veja +
11 anos da lei Maria da Penha
11 anos da Lei Maria da PenhaNeste mês de agosto a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), completa 11 anos de existência. Isso é um marco na história dos direitos em defesa da mulher no Brasil. Mesmo assim, os casos de violência doméstica têm aumentado...

Ler Mais
Eunice Cabral
Presidente da Conaccovest-BR
 
Boletins Veja + Revistas Veja +
Versão Português / Portuguese Version  
Fevereiro/2016
Versão Português / Portuguese Version  
Dezembro/2014
Vídeos Veja +
LER/DORT - notificação compulsória pelo SUS
Enquete  
 
Após um ano em recuperação judicial, Via Uno fecha fábricas na Bahia
15/09/2014

Com o fechamento da unidade, a empresa deixará de ter fabricação própria e, se quiser continuar no mercado, terá de encontrar um parceiro para terceirizar sua produção


Há um ano em recuperação judicial, a Via Uno encerrou nesta semana as atividades da última das três fábricas que mantinha no Nordeste da Bahia, demitindo cerca de 800 trabalhadores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Calçadista (Sintracal) do Estado. Com o fechamento da unidade, a empresa deixará de ter fabricação própria e, se quiser continuar no mercado, terá de encontrar um parceiro para terceirizar sua produção.

Segundo o administrador judicial da empresa, Laurence Medeiros, a ideia é manter o negócio funcionando. Ele diz que o fundador da empresa, César Minetto, que seguiu à frente do dia a dia do negócio mesmo após a recuperação, já negocia contratos de fornecimento. “As lojas continuam funcionando”, afirma Medeiros. Segundo o site da Via Uno, a empresa tem hoje 44 unidades no Brasil - há um ano, eram 135 pontos de venda. Na época do pedido de recuperação, as dívidas da Via Uno eram de R$ 240 milhões.

Com o fechamento das fábricas, a conta trabalhista deve aumentar, segundo Jurandir Souza Brito, secretário-geral do Sintracal. Isso porque, na reunião que oficializou o fechamento, a empresa alegou que não tinha dinheiro para pagar as verbas rescisórias. Brito diz ainda que a empresa deve pelo menos dois anos de FGTS aos trabalhadores. “Nem a contribuição sindical, que foi descontada dos trabalhadores, nos foi repassada”, afirma o sindicalista. Fontes ligadas à companhia confirmaram que a empresa não pagou os direitos dos funcionários demitidos. Uma das estratégias da atual administração seria a venda de maquinários e de estoques para saldar essas dívidas.

Além do acerto das demissões, apurou o jornal “O Estado de S. Paulo”, a empresa também estaria devendo pelo menos um mês de salários aos trabalhadores. Além das demissões nas fábricas - que somaram cerca de 2 mil desligamentos nos últimos três anos -, a empresa também fez nesta semana um corte no setor administrativo em sua sede, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cortar custos.

Embora a empresa tenha intenção de manter a produção e a rede de franquias funcionando, uma fonte do setor calçadista dizem que, dado o histórico da Via Uno, a empresa pode ter problemas para encontrar um parceiro para suprir o estoque de suas lojas. Cerca da metade da dívida da Via Uno é justamente com antigos fornecedores que não receberam.

Estratégia
Criada em 1993, a Via Uno nasceu focada em produtos de baixo valor agregado que atendiam o mercado multimarcas. De olho na estratégia da Arezzo, que desde os anos 90 vinha investindo em uma rede própria, a Via Uno decidiu seguir o mesmo caminho a partir do início da década passada.

Em 2010, a estratégia “chique” da Via Uno atingiu seu ápice: a empresa chegou a 200 pontos de venda, com a proposta de vender calçados ao preço médio de R$ 200, e anunciou que a meta era atingir 300 unidades até o fim daquele ano - uma meta que nunca foi atingida. Na época, a receita da Via Uno era estimada em R$ 400 milhões, aproximadamente a metade do que a Arezzo faturava naquele momento.

 


   

Fonte: correio 24h

Compartilhe:
Compartilhe no Facebook
Imprimir
Voltar
 
 

Sede Conaccovest
Rua dos Bandeirantes, 388 - 2º andar - Bom Retiro - SP - CEP: 01124010
Tel: (11) 3329-6320.

Desenvolvido por
Ábaco Informática - (11) 3333-3234